terça-feira, 27 de setembro de 2011

curiosidades sobre as corridas de bigas



Corridas de bigas

O Grande Prêmio dos romanos
Piloto profissional
Os pilotos, chamados de “aurigas”, eram quase sempre pobres querendo enriquecer ou escravos tentando obter a liberdade. Os melhores eram disputados pelas equipes e idolatrados pelo público. Segundo o poeta Juvenal (século 1), um auriga podia ganhar 100 vezes o salário de um juiz
Sinal verde
Um pano branco jogado ao chão dava a largada. Doze carruagens saíam dos boxes (carceres) e disparavam. A corrida acabava na sétima volta. Como não havia regras no empurra-empurra, sair num box bem localizado valia ouro: as equipes pagavam para começar nos melhores locais
Cadeira reservada
O “pulvinar” era a tribuna de honra onde ficavam as maiores autoridades do Império Romano. A construção tinha uma ligação direta com o palácio imperial, para que o César pudesse deslocar-se diretamente para a arena
Vox Populi
As corridas eram o espetáculo mais democrático do império. Todas as classes sociais podiam assistir a elas pagando ninharias: tratava-se de um benefício pela cidadania romana. Havia cotas grátis para os pobres, que precisavam enfrentar filas enormes. Era quando os torcedores faziam pequenas apostas
Vale-tudo
Tudo era permitido durante a corrida. Os pilotos tentavam esmagar uns aos outros no canteiro central e o uso do chicote era liberado, principalmente para bater nos condutores e nos cavalos adversários. O naufragium, quando o piloto caía da biga, era o acidente mais esperado pelo público
Semifinal
A vitória era disputada por quatro equipes: os Azuis, os Verdes, os Vermelhos e os Brancos. Os verdes tinham vários imperadores entre os fãs, dentre eles Calígula e Nero. Calígula ia até os estábulos na noite antes da provas para dar uma força. Ordenava a decoração do Circo Máximo em tons verdes
Cavalo-vapor
Alguns cavalos eram tão populares que eram reconhecidos nas ruas. Até o poeta Virgílio, que viveu entre 70 e 19 a.C, dedicou versos aos mais famosos, como Andraemone. Na pista, porém, era comum cavalos de corrida perderem a língua devido a uma mordida forte ou ficarem cegos com o chicote adversário
O Canteiro Central
A “spina” era o canteiro central da pista. Nela havia postes onde ficavam sete grandes imagens de golfinhos (considerados pelos romanos os seres mais velozes da Terra) que marcavam as voltas completadas. Estátuas de deuses decoravam esse canteiro, entre eles Netuno, pai das ordens eqüestres
Carruagens de fogo
O piloto e a biga não passavam de 100 quilos e corriam a até 35 km/h. Feito de madeira, o veículo não tinha proteção para o piloto. A biga de dois cavalos era reservada aos novatos, sendo a quadriga, com quatro cavalos, o tipo mais comum. Havia também bigas com seis, oito e dez animais, muito mais difíceis de manejar
Segurança mínima
Nada tão comum nas corridas de bigas como a morte de pilotos. Scorpus (século 1), o mais famoso de todos, com 2048 vitórias, morreu aos 26 anos. Poucos terminaram como Diocles (século 1), da Lusitânia (Portugal), que retirou-se aos 42 anos com 35,8 milhões de sestércios, o mesmo que o salário anual de 30 mil legionários
Fezinha e macumba
Relíquias com pedidos a deuses foram achadas nas ruínas do Circo Máximo. Uma delas dizia: “Deuses, ajudem-me no Circo dia 8 de novembro. Paralisem os membros de Olympus, Olympianus, Scortius e Juvencus, do time Vermelho. Atormentem suas mentes, sua inteligência e seus sentidos”

O circo máximo

Inauguração: século 4 a.C., por Tarquínio (quinto rei de Roma)
Utilização: de 17 a 66 dias por ano provas por dia: de 12 a 24
Capacidade: até 250 mil pessoas (um quarto da população de Roma durante o século1)
Localização: entre a colina Aventina e o Palatino, no coração político da metrópole

ROUSSEAU EM QUADRINHO

"O homem nasce bom e a sociedade o corrompe" -

 Rousseau 

"É preciso estudar a sociedade pelos homens, e os homens pela sociedade: os que quiserem tratar separadamente da política e da moral nunca entenderão nada de nenhuma das duas" (Jean-Jacques Rousseau - Emílio ou da Educação)


LOGO ABAIXO VOCÊ IRÁ ENCONTRAR A INTRODUÇÃO RELACIONADA A IDÉIA DE QUE O HOMEM É CORROMPIDO EM SUA RELAÇÃO COM A SOCIEDADE TENTE COMPLETAR A ANÁLISE BASEAND0-SE NAS ULTIMAS  AULAS 


O Iluminismo ( Cante Uma Historia) - Teatro 2009



domingo, 25 de setembro de 2011

SOBRE A MÚSICA GENTILEZA DE MARIZA MONTE







Um pequeno resumo da vida de Gentileza.
O nome de “Profeta Gentileza” foi ganho porque vivia pregando o amor, a paz e jamais dizia a palavra “obrigado”, pois dizia que obrigado vinha de obrigação e preferia dizer “agradecido” e falava sempre “por gentileza”.
Ele era um empresário de transportes quando no início da década de 60 um circo pegou fogo em Niterói vitimando centenas de pessoas dois dias antes do Natal. Gentileza naquele dia disse ter ouvido “vozes” mandando largar o capitalismo e todo apego material.
O futuro profeta então pega um dos seus caminhões e parte rumo a Niterói e durante anos fez das cinzas e das marcas do incêndio no chão, uma plantação de flores.
Durante anos Gentileza passa a pregar nas barcas Rio-Niterói e deixa uma marca para sempre na cidade. Gentileza pinta mensagens de paz, amor e gentileza nas pilastras do Viaduto do Caju – o lugar mais cinza, feio e sem vida da cidade. Avenida do cemitério até a Rodoviária fica com seus dizeres marcantes pintados em preto, verde, amarelo num fundo branco. As mensagens são pintadas no alto para serem lidas pelas pessoas mais humildes que chagam de ônibus da baixada e de Niterói.
Muitos estranham a forma singular de sua escrita e não entendem até hoje, mas ele escrevia muitas palavras de forma diferente. Amor com um R era amor material Amorrr com três R era um R do Pai, um R do filho e um R do Espírito Santo.
Gentileza vai pintando as dezenas de pilastras da avenida e acaba por promover uma das maiores intervenções urbanas de arte na cidade do Rio de Janeiro.
Um certo dia as “autoridades” mandam cobrir todo o trabalho de Gentileza com tinta cinza.
Só aí então as pessoas acordam surpresas com a reação da sociedade, pois cada um pensava que só ele gostava de ler as mensagens de Gentileza.
Pessoas então de destaque se levantam contra a violência das autoridades de apagar o trabalho e a “Arte de Gentileza”.
...
- O profeta Gentileza hoje é nome da Praça da Rodoviária, bem ao lado de sua arte restaurada.
- Sua vida vira filme,livro e tese em faculdades.
- Uma ONG é criada no Rio – Rio de Gentileza.
- A Escola de Samba Grande Rio faz de Gentileza seus Enredo através das mãos de Joãozinho Trinta.
- Mas talvez a homenagem mais famosa seja a música Gentileza de Marisa Monte.
♪ ≡ ♫ = ♪ 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

questões relacionadas a Era Vargas


Questão
Questão 40: A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um longo período de quinze anos (1930-1945). Foram anos de grandes e importantes mudanças para o país e para o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a "Era Vargas". Entretanto, Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram como um fervoroso nacionalista, um progressista ativo e o "Pai dos Pobres", existem outros tantos que o definem como ditador oportunista, um intervencionista e amigo das elites.

Considerando as colocações acima, responda à questão seguinte, assinalando a alternativa correta:

Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são opostas, defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas, conforme uma das opções abaixo. Assinale-a.

(A) Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de idéias coerentes e de uma política contínua.
(B) O grupo que acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou medidas duras forçado pelas circunstâncias.
(C) Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor aos seus interesses, pois ele foi um governante apático e fraco - um verdadeiro marionete nas mãos das elites da época.
(D) O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado. Poucas medidas nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.
(E) Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais e, às vezes conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas.



Resolução

Resposta: Letra E

Habilidade: Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.

Comentários: A questão coloca que o período de governo de Vargas foi de grandes mudanças no mundo. Isto é fato, se considerar o avanço das idéias nazi-fascistas e a Segunda Guerra Mundial na Europa. Na questão, ambos os grupos estão errados, pois adotam uma visão reducionista do que foi o governo de Getúlio.

Temas: Era Vargas.









Questão
Questão 60:

O autor da constituição de 1937, Francisco Campos, afirma no seu livro, O Estado Nacional, que o eleitor seria apático; a democracia de partidos conduziria à desordem; a independência do Poder Judiciário acabaria em injustiça e ineficiência; e que apenas o Poder Executivo, centralizado em Getúlio Vargas, seria capaz de dar racionalidade imparcial ao Estado, pois Vargas teria providencial intuição do bem e da verdade, além de ser um gênio político.
CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro: José Olympio, 1940 (adaptado).

Segundo as ideias de Francisco Campos,

a) os eleitores, políticos e juízes seriam mal-intencionados.
b) o governo Vargas seria um mal necessário, mas transitório.
c) Vargas seria o homem adequado para implantar a democracia de partidos.
d) a Constituição de 1937 seria a preparação para uma futura democracia liberal.
e) Vargas seria o homem capaz de exercer o poder de modo inteligente e correto. 
Resolução

Resposta: E

Habilidade: Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

Comentários: As ideias tendenciosas de Francisco Campos - ainda que ele realmente acreditasse nisso - serviram de base para a Ditadura do Estado Novo, a partir de 1937. Acompanhe as questões do Enem e perceba que, desde a primeira edição do Enem, em 1998, a Era Vargas vem sendo constantemente abordada nas questões. Isto significa (óbveo) que o candidato deve dar uma atenção especial a este tema 


Questão
Questão 35: Os textos abaixo relacionam-se a momentos distintos da nossa história.


“A integração regional é um instrumento fundamental para que um número cada vez maior de países possa melhorar a sua inserção num mundo globalizado, já que eleva o seu nível de competitividade, aumenta as trocas comerciais, permite o aumento da produtividade, cria condições para um maior crescimento econômico e favorece o aprofundamento dos processos democráticos. A integração regional e a globalização surgem assim como processos complementares e vantajosos.”
(Declaração de Porto, VIII Cimeira Ibero-Americana, Porto, Portugal, 17 e 18 de outubro de 1998)


“Um considerável número de mercadorias passou a ser produzido no Brasil, substituindo o que não era possível ou era muito caro importar. Foi assim que a crise econômica mundial e o encarecimento das importações levaram o governo Vargas a criar as bases para o crescimento industrial brasileiro.”
(POMAR, Wladimir. Era Vargas – a modernização conservadora)


É correto afirmar que as políticas econômicas mencionadas nos textos são:


(A) opostas, pois, no primeiro texto, o centro das preocupações são as exportações e, no segundo, as importações.
(B) semelhantes, uma vez que ambos demonstram uma tendência protecionista.
(C) diferentes, porque, para o primeiro texto, a questão central é a integração regional e, para o segundo, a política de substituição de importações.
(D) semelhantes, porque consideram a integração regional necessária ao desenvolvimento econômico.
(E) opostas, pois, para o primeiro texto, a globalização impede o aprofundamento democrático e, para o segundo, a globalização é geradora da crise econômica

Resolução

Resposta: Letra C


Habilidade: Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.


Comentários: Esta questão utiliza um texto da história recente, e um outro do período varguista. O primeiro, falando do processo de globalização, e como uma política de integração regional pode melhorar economia de um país. O segundo, destacando que a substituição de importações favoreceu o desenvolvimento industrial, a partir do governo de Getúlio Vargas.


Temas: Substituição de importaçõesEra Vargas

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Questão (Enem-2009): Independência e Racismo


Questão
Questão 65:

No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti: 

Marinheiros e caiados 
Todos devem se acabar, 
Porque só pardos e pretos 
O país hão de habitar. 

(AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. 
Recife: Cultura Acadêmica, 1907). 

O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende 

a) dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças. 
b) da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas. 
c) do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista. 
d) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora. 
e) da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti. 
Resolução

Resposta: A

Habilidade: Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.

Comentários: Mesmo com exemplo da revolução dos escravos no Haiti, o escravismo no Brasil só acabou oficialmente em 1888. As alternativas B, C e D são anacrônicas, pois se refere a fatos que só ocorreram depois da Independência do Brasil. A alternativa E é incorreta pois não houve um movimento sólido em prol da existência de uma república negra no Brasil.

LINK DE QUIZLET: Teste: Independência e Primeiro Reinado - 17 Perguntas

http://quizlet.com/4618336/test/?matching=on&mult_choice=on&tf=on&prompt-term=1&prompt-def=1&limit=17

LINK DE QUIZLET SOBRE O ABSOLUTISMO

http://quizlet.com/3668213/test/?matching=on&mult_choice=on&tf=on&ignore-case=1&prompt-term=1&prompt-def=1&limit=12

Questão (Enem-2009): Formação Socioeconômica dos Continentes


Questão
Questão 64:

A formação dos Estados foi certamente distinta na Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados atuais, em especial na América Latina — onde as instituições das populações locais existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o resultado, em geral, da evolução do transplante de instituições europeias feito pelas metrópoles para suas colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes, têm sua verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais. Na Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e encontrou sistemas políticos e administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de organização, ou pelo menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do Estado asiático. 
(GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos Avançados. São Paulo: EdUSP, v. 22, n.º 62, jan.- abr. 2008 (adaptado). 

Relacionando as informações ao contexto histórico e geográfico por elas evocado, assinale a opção correta acerca do processo de formação socioeconômica dos continentes mencionados no texto. 

a) Devido à falta de recursos naturais a serem explorados no Brasil, conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na África estiveram ausentes no período da independência e formação do Estado brasileiro. 
b) A maior distinção entre os processos histórico-formativos dos continentes citados é a que se estabelece entre colonizador e colonizado, ou seja, entre a Europa e os demais. 
c) À época das conquistas, a América Latina, a África e a Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito mais sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador. 
d) Comparadas ao México e ao Peru, as instituições brasileiras, por terem sido eliminadas à época da conquista, sofreram mais influência dos modelos institucionais europeus. 
e) O modelo histórico da formação do Estado asiático equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve o espírito das formas de organização anteriores à conquista. 
Resolução

Resposta: B

Habilidade: Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.

Comentários: A forma como a colonização europeu se deu nos diferentes continentes e regiões definiu o modelo socioeconômico respectivo. Desta forma, essa colonização não foi a mesma em todos os lugares. A questão é relativamente fácil, pois as outras alternativas, se analisadas corretamente, são absurdas.

Questão (Enem-2009): Revolução Industrial e Tecelagem


Questão 68:

A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos. 
(THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979 (adaptado). 

Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque 

a) a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais. 
b) os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes. 
c) os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados. 
d) os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência. 
c) os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas.
Resolução

Resposta: D

Habilidade: Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.

Comentários: Quando temos Edward Palmer Thompson (no original em inglês... glup) na contextualização de uma questão, acredita-se que ela não seja de fácil resolução. Temos, aqui, mais uma questão sobre os desdobramentos da Revolução Industrial. Para chegar na resposta, é necessário uma leitura apurada e cautelosa do texto (óbveo), assim como a eliminação das alternativas às quais o texto não faz referência.

Feministas e o Sutiã

Feministas e o Sutiã



[Você ouviu falar que...] As feministas queimaram os sutiãs

Feministas americanas que consideravam o concurso de beleza Miss America um baita machismo protestaram com os seios de fora, incendiando lingeries em Atlantic City. Afinal, para se manifestar contra a opressão masculina, nada melhor do que queimar sutiãs, símbolos das diferenças entre homens e mulheres. Pegava fogo a luta pela igualdade de direitos entre os sexos.

[Mas a verdade é que...] As feministas não queimaram sutiãs

Cerca de 400 mulheres jogaram sapatos, maquiagem, revistas femininas e até sutiãs em uma lata de lixo. Alguém deu a ideia de pôr fogo em tudo, mas seguranças impediram. Mesmo assim, a jornalista Lindsay van Gelder escreveu a reportagem Queimadoras de Sutiãs e o Miss America. Com o tempo, a metáfora foi esquecida e os sutiãs queimados viraram história.

10 TORTURAS FAMOSAS DA DITADURA MILITAR


1- Pau-de-Arara



Pau-de-Arara consistia numa barra de ferro que era atravessada entre os punhos amarrados e a dobra do joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando o corpo do torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do solo. Este método quase nunca era utilizado isoladamente, seus complementos normais eram eletrochoques, a palmatória e o afogamento. 

2- Choque Elétrico



Choque Elétrico foi um dos métodos de tortura mais cruéis e largamente utilizados durante o regime militar. Geralmente, o choque dado através telefone de campanha do exército que possuía dois fios longos que eram ligados ao cor­po nu, normalmente nas partes sexuais, além dos ouvidos, dentes, língua e dedos. O acusado recebia descargas sucessivas, a ponto de cair no chão.

3- Pimentinha



Pimentinha era uma máquina que era constituída de uma caixa de madeira que, no seu interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um rotor combinado, de cujos termi­nais uma escova recolhia corrente elétrica que era conduzida através de fios. Essa máquina dava choques em torno de 100 volts no acusado.

4- Afogamento



No Afogamento, os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira, toalha molhada ou tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água (ou até fezes), forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento.

5- Cadeira do Dragão



Cadeira do Dragão era uma espécie de cadeira elétrica, onde os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.

6- Geladeira



Na Geladeira, os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida.

7- Palmatória



Palmatória era como uma raquete de madeira, bem pesada. Geralmente, esta instrumento era utilizado em conjunto com outras formas de tortura, com o objetivo de aumentar o sofrimento do acusado. Com a palmatória, as vítimas eram agredidas em várias partes do corpo, principalmente em seus órgãos genitais.

8- Produtos Químicos



Haviam vários Produtos Químicos que eram comprovadamente utilizados como método de tortura. Para fazer o acusado confessar, era aplicado soro de pentatotal, substância que fazia a pessoa falar, em estado de sonolência. Em alguns casos, ácido era jogado no rosto da vítima, o que podia causar inchaço ou mesmo deformação permanente.

9- Agressões Físicas



Vários tipos de Agressões Físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente.

10- Tortura Psicológica



De certa forma, falar de Tortura Psicológica é redundância, considerando que toda o tipo de tortura deixa marcas emocionais que podem durar a vida inteira. Porém, haviam formas de tortura que tinha o objetivo específico de provocar o medo, como ameaças e perseguições que geravam duplo efeito: fazer a vítima calar ou delatar conhecidos.