Texto de aprofundamento na análise do Bandeirantismo [Davi, Daidoff verso e reverso 1982 - p .88-9]
Na versão dos estudiosos das bandeiras, o bandeirante que em suas ações é homem de seu tempo, na perspectiva histórica realmente rompe com o curso dos eventos , ele altera as disposições de Portugal , Espanha e da Santa Sé sobre a distribuição geográfica do novo mundo , modifica os desígnios da expansão espanhola e jesuítica ,faz descobertas que redirecionam o curso da história e - aspecto crucial- é a corporificação individual de um novo tempo histórico de que é o prenúncio - o do nacionalidade-.
Observando retrospectivamente ,os estudiosos das bandeiras consideram que seus feitos são o que há de melhor de seu tempo, pois contribuíram para a formação nacional de maneira mais acentuada do que as outras personagens históricas da época envolvidas nos epsódios de luta e expulsão dos estrangeiros e nos eventos da evolução administrativa colonial . Contudo,a concepção triunfal da figura doo bandeirante, principalmente na historiografia paulista das 3 primeiras décadas de século XX , apesar de acabar sedimentando-se como interpretação dominante e como mito vivo , não é a única existente. Encontramos uma visão crítica da figura heroíca do bandeirante a partir de uma perspectiva que recoloca em cena a violência contra o índigena, em Caspitrano de Abreu . Em seus capitulos de História colonial . o autor assume uma postura crítica em certo sentido radical ,frente as ações dos bandeirantes paulistas , mais especificamente em relação ás que ocorreram na região das missões jesuíticas .Valendo-se basicamente dos relatos do Padre Montoya, superior do Guairá sobre práticas de violencia e genocidio praticadas pelos bandeirantes nas suas incursões para apresamento de indígenas , questiona o valor da expansão territorial a ele atribuída no sul .[Ela] não deveria ser considerada como um valor isolado e absoluto , desvinculado-a da reflexão sobre a presença de uma população índigena envolvida no próprio processo de expansão territorial e que sofreu verdadeiros massacres.
Pouso do Sertão , de Aurélio Zimmerman.Quase todas as bandeiras partiam de São Paulo, aproveitando os rios como o TieTê, que correm para o interior
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