sexta-feira, 25 de março de 2011

9ª ANO / 8ª SÉRIE MUNDO ENTRE GUERRAS


  1. Período Entre-Guerras: a crise do Liberalismo e os novos modelos ideológicos. 
  2. A crise da ideologia liberal e os novos Regimes Totalitários
    • Com o final da primeira guerra mundial em 1918, a ideologia liberal entra em franco declínio na Europa, e nos Estados Unidos em 1929, por ter levado esses países a caírem em graves crises econômicas e sociais. Com a deteriorização dos conceitos liberais, novos modelos ideológicos ganharam força e foram normatizadas, em especial os que defendiam total controle do Estado sobre a economia e o indivíduo.
    • Os principais modelos político-ideológicos que foram aplicados em substituição a liberalismo foram:
    • Socialismo;
    • Comunismo;
    • Totalitarismo;
    • New Deal (Novo Acordo).
  3. Ideologia
    • Ideologia é um termo usado no senso comum contendo o sentido de "conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas ". A ideologia, segundo Karl Marx, pode ser considerado um instrumento de dominação que age através do convencimento (e não da força), de forma prescritiva, alienando a consciência humana e mascarando a realidade.
    Fonte: http://pt.wikipedia.org
  4. Socialismo
    • O Socialismo é um sistema sócio-político caracterizado pela apropriação dos meios de produção pela coletividade . Abolida a sua propriedade privada destes meios, todos se tornariam trabalhadores, tomando parte na produção, e as desigualdades sociais tenderiam a ser drasticamente reduzidas uma vez que a produção, sendo social, poderia ser equitativamente distribuída.
    • A proposta de Karl Marx , um dos autores que desenvolveu este tema, é a de que o socialismo fosse um sistema de transição para o comunismo , que eliminaria de forma integral o Estado e as desigualdades sociais.
    Fonte: http://pt.wikipedia.org
  5. Comunismo
    • O Comunismo é uma ideologia e um sistema econômico que tem por objetivo a criação de uma sociedade sem classes sociais baseada na propriedade comum dos meios de produção , com a conseqüente abolição da propriedade privada . O comunismo, cujas origens remontam às obras de Karl Marx , é normalmente considerado como parte de um mais amplo movimento socialista. Sob tal sistema, o Estado não teria necessidade de existir e seria extinto.
    Fonte: http://pt.wikipedia.org
  6. Totalitarismo
    • Totalitarismo é um regime político baseado na extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade ("Estado Total", "Estado Máximo").
    • Pode ser resultado da incorporação do Estado por um Partido (único e centralizador) ou da extensão natural das instituições estatais. Geralmente, é um fenómeno que resulta de extremismos ideológicos e uma paralela desintegração da sociedade civil organizada. A distinção entre totalitarismo de direita ( Nazismo , Fascismo , Franquismo etc...) e de esquerda ( Estalinismo , Maoísmo etc...) é insuficiente para compreender suas particularidades, funcionamento e aspirações enquanto regime político da modernidade.
    • O totalitarismo é um regime inserido na 'sociedade de massas', não existindo enquanto tal antes do século XX . São paradigmas na história os regimes totalitários de Adolf Hitler e Josef Stalin , respectivamente na Alemanha e na União Soviética .
    Fonte: http://pt.wikipedia.org
  7. New Deal
    • Os países de forte ideologia liberal, em especial os EUA, fizeram uma releitura e novas adaptações do liberalismo clássico, na qual este agora teria um maior controle estatal, aliados a política de empregabilidade e de bem estar social. O economista inglês John Maynard Keynes é o criador dessa nova face do liberalismo, ao afirmar que o modelo clássico anterior era inviável de se sustentar sem o auxílio do Estado
  8. Revolução Russa e o Comunismo
    • A o final do século XIX e o início do século XX encontram o Império Russo com uma estrutura arcaica. Esta estrutura, apresentava um PODER POLÍTICO centralizado nas mãos do Czar (autocracia) e um re duzido poder da Assembléia Legislativa (“Duma”); o poder econômico agrícola , está baseado nos gra ndes latifúndios e no trabalho servil; o desenvolvimento industrial, reduzido, está ligado ao capital estrangeiro; a sociedade , aristocrática , tem na nobreza o sustent áculo do regime; a burguesia e o proletariado urbano crescem com o desenvolvimento indu strial; os camponeses, apesar da maioria, viviam explorados e em péssimas condições.
    • A Revolução Russa de 1917 foi um acontecimento capital na História do Século XX. E, apesar de o mundo socialista por ela criado haver desmoronado no final do período, aquele evento exerceu uma extraordinária influência na vida de centenas de milhões de seres humanos.
    • A REVOLUÇÃO DE MAIO DE 1917
    • (Revolução Branca)
    • A ampliação da Revolução leva o Imperador a abdicar em favor de seu irmão o Grão-Duque D. Miguel . A não aceitação do trono leva à formação de um governo provisório composto por elementos liberais liderados por Kerensky . A manutenção da Rússia na guerra, não permite resolver todos os problemas do país. Tornando-se impopular, abre caminho para o domínio Bolchevistas, até então minoritários nos sovietes. A Revolução entra em nova fase.
    • A REVOLUÇÃO DE NOVEMBRO DE 1917
    • (Revolução Vermelha)
    • Liderados por Wladmir Lênin , os bolcheviques assumem o poder dos Sovietes. A deposição do Governo Provisório leva a uma série de medidas: implantação da “ditadura do proletariado”, confisco de todas as terras, organização do exército vermelho por Leon Trotsky e a retirada da guerra, após a assinatura do Tratado de Brest-Litovsky com a Alemanha.
  9. O NAZISMO & FASCISMO
    • Foram os dois principais regimes totalitários de direita na Europa, podendo ser explicado como uma reação à Primeira Guerra Mundial, das classes burguesas e média a profunda crise após os acordos de rendição assinados em Versalhes.
  10. O Nazismo alemão
    • Em 1933, a República de Weimar, nome adquirido pela Alemanha no período entre guerras, assiste à ascensão do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (ou Partido Nazista) ao poder sob Adolf Hitler, chanceler do então presidente Von Hindenburg. Dez anos antes, Hitler tenta um golpe que fracassa (o "putsh da Cervejaria" em Munique), é preso e, detido, escreve o livro que sintetiza todas as idéias nazistas: o "Mein Kampf' ("Minha Luta"). Os resultados da Primeira Guerra, mostrando a derrota alemã e sua destruição pelo Tratado de Versalhes gera o revanchismo alemão o que facilita a propagação das idéias de Hitler, que assume a presidência após a morte do presidente, criando um Estado totalitário.
    • Uma das idéias básicas do nazismo era a crença de que o povo alemão descendia de uma raça superior (arianos) e, por isso, tinha o direito de dominar as raças inferiores (judeus, eslavos etc.). Os judeus eram especialmente odiados, porque, sendo uma raça inferior espalhada pelo mundo representavam uma ameaça capaz de corromper a pureza do sangue alemão. Assim, os casamentos entre judeus e alemães deveriam ser proibidos e os judeus, aniquilados.
    • O nazismo repudiava todos os valores do individualismo e do liberalismo democrático, pregando a total integração do indivíduo no seio da comunidade política do Estado. Os cartazes nazistas diziam, por exemplo. Tu não és nada, teu povo é tudo. A vontade do Estado era a vontade do povo alemão e somente poderia ser interpretada com perfeição pelo Führer — chefe representante da comunidade —, a quem todos deviam prestar obediência absoluta.
    • Em termos de programa político, o nazismo pregava que o povo alemão tinha o direito de expandir-se militarmente, ampliando seu espaço vital. Afirmava, ainda, ser indispensável acabar com a humilhação nacional imposta à Alemanha pelo Tratado de Versalhes. Por fim, considerava como principais inimigos externos do país os russos, os franceses e os ingleses e, como inimigos internos, os judeus, os socialistas e os defensores da democracia parlamentar.
    • Com esse programa, o nazismo conseguiu a simpatia de numerosa massa de descontentes, que sofria com a intolerável situação econômica que abalava o país. Era um programa que atraía especialmente as classes médias (pequenos comerciantes, pequenos industriais e profissionais liberais), componentes endividados, desempregados e ex-combatentes.
  11. O Fascismo italiano
    • Em 1922, Benito Mussolini, chefe do Partido Fascista italiano, lidera a "Marcha sobre Roma" de 50 mil militantes do partido (os "camisas negras") e é convidado pelo então Rei Vitor Emanuel II a ocupar o cargo de Primeiro-Ministro da Itália.
    • O movimento fascista, segundo o próprio Mussolini, não tinha, em 1919, uma doutrina claramente elaborada. Representava uma enérgica vontade de ação de cunho nacionalista dirigida contra o liberalismo e o socialismo. Sendo também antiproletário, foi capaz de atrair as classes médias conservadoras e a alta burguesia.
    • De modo geral, o fascismo pregava a eliminação da desordem social e da luta de classes e prometia a construção de uma sociedade rigidamente disciplinada em torno de objetivos nacionais, que deveriam ser comuns a todos os cidadãos. Esses objetivos nacionais, as grandes metas do Estado, seriam estabelecidos pelo líder fascista, que era considerado infalível. O art. 8º de decálogo fascista afirmava: Mussolini tem sempre razão. Assim, a todas as demais pessoas restava apenas o papel de crer, obedecer e combater ao lado do seu líder.
    • Aos poucos, foram se definindo as concepções fascistas sobre a sociedade modelo a ser construída. Em tal sociedade, o indivíduo deveria estar totalmente submisso às necessidades do Estado, que se tornaria, então uma entidade superpoderosa, capaz de controlar os múltiplos aspectos da vida social. Como dizia Mussolini , "Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado."
  12. A crise de 1929 nos EUA
    • Com o fim da Primeira Guerra, os Estados Unidos da América se colocam na condição de primeira potência do globo, como o "celeiro mundial", abastecendo os mercados europeus, afetados pela guerra, além dos seus, internos.
    • Assiste-se na lavoura e na indústrias americanas uma notável expansão, os bancos tornaram-se credores da reconstrução européia; a sociedade americana torna-se mundialmente respeitada e admirada. Vise-se aos anos 20 o período da "Grande Euforia".
    • Poucos se apercebem que a expansão, entretanto, tem como destino um abismo profundo e abrupto; a euforia desenfreada é o caminho para uma crise sem precedentes na história de todo o mundo capitalista e que desemboca em 1929.
  13. As origens da crise
    • À medida em que a Europa se recupera dos efeitos da grande guerra, reconstruindo fábricas, recuperando campos, gerando empregos, etc., fica menos dependente do dinheiro e dos produtos norte americanos. O ritmo acelerado da produção dos Estados Unidos, com a crescente redução do mercado europeu (e gradativa concorrência com o mesmo), gera um descompasso entre produção e consumo, fazendo-se notar uma superprodução no país, sem consumidores.
    • A solução é, no correr dos anos 20, recorrer à necessária redução da produção, o que leva ao desemprego. A escala crescente de desemprego desestimula ainda mais a produção pois diminui o poder aquisitivo médio da população.
  14. A crise
    • Em 1929, fazendas e fábricas, sem condições de sobreviver face ao restrito mercado consumidor. vão à falência, ampliando para milhões o número de desempregados. Bancos credores perdem seus capitais investidos no processo produtivo e também falem (o número de falências no sistema bancário norte americano chaga à impressionante cifra de 5 mil bancos). A situação da ruína conduz à quebra da Bolsa de valores de Nova York, em outubro de 1929.
    • A crise se torna mundial porque as filiais de bancos e indústrias americanas quebram em diversos pontos do globo e a instabilidade levam os governos a se precaverem, adotando uma postura protecionista nos anos 30, através da elevação das taxas alfandegárias e contenção dos gastos com importações. Assim, a redução do comércio internacional é uma das características do período da Grande Depressão, que o mundo capitalista assiste na década de 30.
    • Essa situação aflige também as nações periféricas, dependentes das compras das grandes potências, sobretudo de produtos primários, agora sem condições de efetuá-las.
    • No Brasil, a cafeicultura é drasticamente afetada, pois o café, único grande produto nacional não é mais comprado pelos Estados Unidos. Os cafeicultores, detentores inclusive do poder político, perdem muito de sua força econômica, o que abala substancialmente também seu prestígio político, possibilitando a Revolução de 20 que faz emergir novas forças no cenários político nacional.
    • Apenas a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas não é afetada pela crise por não possuir vínculo com o mundo capitalista.
  15. O New Deal: Uma proposta para amenizar a crise
    • Nos anos 30, assume a presidência da república do EUA, Franklyn Delano Roosevelt . Sua principal realização no período da depressão é uma plano econômico elaborado de conformidade com o economista britânico John Maynard Keynes , denominado “ New Deal” , visando reduzir os efeitos da crise. Muitas das propostas do novo plano, expostas a seguir, são adotadas em várias potências afetadas:
    • O Estado assume a responsabilidade de salvar a Nação, regulamentando a sua economia, o New Deal propõe, portanto, o intervencionismo, uma vez que a super produção originária da crise também se deveu ao liberalismo excessivo do governo norte americano em sua economia;
    • Concessão, por parte do Estado, de empréstimos aos falidos, mediante emissões controladas;
    • Redução da jornada de trabalho para dar oportunidade a mais pessoas de trabalharem, reduzindo o desemprego;
    • Ampliação do salário do operariado para ampliar o mercado consumidor interno; · Aumento dos benefícios da Previdência Social, como a criação do seguro-desemprego;
    • O Estado promove a geração de empregos públicos nos setores urbanos não produtivos (arborização das cidades, coleta de lixo, restauração de prédios e ruas, etc.), uma vez que atividades como a industrial ou agrícola não devem absorver mão-de-obra em razão da superprodução. Estimula-se, assim, o consumo, em aumentar a produção;
    • Ampliação da autonomia sindical e de sua capacidade de negociação;
    • O Estado incrementa o setor bélico e amplia os quadros de serviço militar, numa clara preparação com vistas à 2°- Grande Guerra Mundial. O militarismo utilizado para gerar empregos é simultaneamente um atenuante dos efeitos da crise e um resguardo diante do crescimento das forças militares Nazi-Fascistas.
    Se no fim dos anos 30 percebe-se o sucesso das medidas do New Deal, constata-se, por outro lado, a rudeza da crise de 29. O protecionismo e o militarismo decorrentes da mesma, estão entre as principais causas da 2°Grande Guerra Mundial.

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